7 de Agosto foi dia marcado para se fazer a etapa-teste, cerca de 70 Kms de Lisboa até à quinta do Zé no Cartaxo.
Na noite anterior preparámos a bicicletas com os alforges tal qual como se fossemos fazer o Caminho, a ideia era testar não só a nossa resistência mas também o material.
O dia começou cedo, encontrei o Pedro na Torre Vasco da Gama e logo conhecemos um bicigrino que ia fazer o Caminho Português até Santiago e depois o Caminho Francês mas ao contrário!! provavelmente vamos dar com ele no início da nossa aventura.
Fotografia da praxe junto ao Tejo e às 8h30 pé no pedal, a manhã estava fresca soprava uma brisa junto ao rio, pedalar assim é um prazer e nada fazia prever o inferno que viria a seguir… Continuámos pelo Caminho paralelo ao Trancão, com uma paragem para mais uma foto.
Esta parte do percurso não tem segredos é só seguir o trilho e em caso de dúvida lá está uma seta azul (Caminho de Fátima) ou amarela (Caminho de Santiago). A partir do Forte da Casa era tudo novidade, queríamos evitar ao máximo ir pela Estrada Nacional que apesar de ter boas bermas tem muito trânsito e pode ser perigoso.
Assim, e para sermos fiéis ao Caminho tínhamos mesmo que estar atentos às setas.
Até Alverca correu quase tudo bem, quase porque a determinada altura temos que atravessar a Estação de comboios, colocamos a bicicleta no elevador e subimos, atravessamos a linha e até aqui tudo bem, mas o problema foi descer…elevador avariado…. "Alzira" às costas.
Na noite anterior preparámos a bicicletas com os alforges tal qual como se fossemos fazer o Caminho, a ideia era testar não só a nossa resistência mas também o material.
O dia começou cedo, encontrei o Pedro na Torre Vasco da Gama e logo conhecemos um bicigrino que ia fazer o Caminho Português até Santiago e depois o Caminho Francês mas ao contrário!! provavelmente vamos dar com ele no início da nossa aventura.
Fotografia da praxe junto ao Tejo e às 8h30 pé no pedal, a manhã estava fresca soprava uma brisa junto ao rio, pedalar assim é um prazer e nada fazia prever o inferno que viria a seguir… Continuámos pelo Caminho paralelo ao Trancão, com uma paragem para mais uma foto.
Esta parte do percurso não tem segredos é só seguir o trilho e em caso de dúvida lá está uma seta azul (Caminho de Fátima) ou amarela (Caminho de Santiago). A partir do Forte da Casa era tudo novidade, queríamos evitar ao máximo ir pela Estrada Nacional que apesar de ter boas bermas tem muito trânsito e pode ser perigoso.
Assim, e para sermos fiéis ao Caminho tínhamos mesmo que estar atentos às setas.
Até Alverca correu quase tudo bem, quase porque a determinada altura temos que atravessar a Estação de comboios, colocamos a bicicleta no elevador e subimos, atravessamos a linha e até aqui tudo bem, mas o problema foi descer…elevador avariado…. "Alzira" às costas.
Do outro lado da Estação lá estava o nosso Zé "Capitão" à nossa espera, sentadinho à sombra porque o sol já começava a aquecer...Cumprimentos e bocas do costume e lá vamos nós à procura de mais setas amarelas!!!
O Caminho então circunda Alverca, e assim que começamos já eu gritava
“Pedro é para a direita”, “Zé é para a esquerda”, “É pelo estradão, está no livro!!! ", “Estes gajos não vêem as setas”
Eu é que sei, prontos... hehehehe
Mas 500m depois de termos começado notamos que o Zé fica para trás, então mas aquele gajo está com menos 20 Kms que nós e já está cansado!!?? Será que caiu?? Isso não seria novidade ehehehe.... Nada disso, foi um furo...
“Pedro é para a direita”, “Zé é para a esquerda”, “É pelo estradão, está no livro!!! ", “Estes gajos não vêem as setas”
Eu é que sei, prontos... hehehehe
Mas 500m depois de termos começado notamos que o Zé fica para trás, então mas aquele gajo está com menos 20 Kms que nós e já está cansado!!?? Será que caiu?? Isso não seria novidade ehehehe.... Nada disso, foi um furo...
Lá vamos nós arranjar uma sombra, tratar do assunto, como isto merecia uma foto puxei da máquina e foi então que reparei:
"Ó Pedro a máquina está sem cartão de memória ??? !!!" andei eu a fazer poses de modelo junto ao Tejo para nada.
Bom, contas feitas levámos uma boa meia hora até recomeçar a pedalar, seguimos então pela Estrada Nacional até Alhandra, entramos nesta simpática terra Ribatejana e vamos direitinhos até ao rio.
Paramos no cais para umas fotos:




Depois, desde Alhandra até Vila Franca de Xira é sempre junto ao rio por uma fantástica ciclovia, atravessamos o jardim de Vila Franca com as meninas (biclas) pela mão, ali só se pode pedalar até aos 10 anos de idade…

O Caminho continua bem marcado, parámos para encher melhor o pneu do Zé e comer um gelado, um Solero porque não havia Fizz.
Lá arrancamos nós novamente através da Lezíria, passámos por Castanheira e o calor cada vez mais forte… Até a Azambuja o Pedro e o Zé tomaram a dianteira, eu, bem eu fiquei para trás porque aquilo não estava para correrias e cada um tem que conhecer os seus limites… tinha apenas um receio, que eles se enganassem no Caminho.
É que isto de ir à conversa tem destas coisas, podemos passar por uma seta amarela do tamanho de uma igreja e nem a vemos.
Ao chegar à Azambuja tomámos uma estrada paralela ao caminho de ferro, depois outra paralela ao Canal da Azambuja, saímos desta estrada e entramos numa estrada de terra que atravessa enormes plantações de tomate.
Chegamos a um estrada alcatroada que nos ia levar até à aldeia do Reguengo em plena lezíria, desde que saímos da Azambuja até aqui não vimos ninguém, o calor era quase insuportável…
Começámos a pedalar por essa estrada e ao longe avistamos duas pessoas a caminhar sob a sombra de dois chapéus-de-chuva, a única protecção para o sol tórrido do meio-dia, quando nos aproximámos demos conta que se tratava de um casal de peregrinos, "Bom Caminho" dissemos nós! "Buen Camiño" acenaram eles com um sorriso!
Não sei porquê, mas este breve encontro deu-me força para pedalar com mais vigor "Não estamos sós" pensei eu…
Chegámos a Valada, o calor era indescritível, julguei que estava a ter uma alucinação quando vi um homem a lavar a fachada da sua casa à mangueirada…"Vire para aqui amigo!!!" gritou o Zé, ele virou mesmo. Que bem que soube o duche fresquinho!
Em Valada, deixámos o Caminho, a ideia era seguir até ao Cartaxo e lá fomos nós.

Aqui só pensávamos em chegar à quinta do Zé e na promessa do mergulho no seu fantástico "tanque apiscinado", o Zé ia dizendo "está quase, está quase…" quando já pensava que nunca iríamos chegar….chegámos mesmo!!
Exaustos mas inteiros.



Ainda com os pensamentos a ferver, encostamos a biclas e tomámos um duche, depois o tal mergulho…
À nossa espera estavam umas belas febras, sardinha assada e sangria fresquinha!
À hospitalidade dos Silvas, muito e muito obrigado!!!!
Resumindo, um dia duro sem dúvida, não tanto pelo percurso que até é plano e sem complicações, mas pela distância (72Kms) e principalmente pelo muito calor.
Acho que passámos no teste, as biclas também.
Texto de Paulo Oliveira / Fotografias da Malta
Ainda não começaram mas já há historias e aventuras para narrar.. lol
ResponderEliminarGrande ensaio geral. Fico a aguardar para seguir a aventura em si.
Boa sorte.
Em nome dos Silvas:
ResponderEliminarN têm nd de agradecer e serão sempre bem vindos, as sardinhas, as febras e a sangria lá vos esperam no regresso.
Acompanharemos sem dúvida a vossa aventura, cheios de orgulho e respeito pela vossa coragem, pq vendo bem a c...oisa...
é uma "ganda" maluqueira ;)
Beijinhos grands pós 3